sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Acabo de lembrar de uma coisa

Odeio frases do tipo "Quando tudo está perdido sempre existe uma luz", retirada de uma música da Legião Urbana que não lembro o nome e estou com preguiça de procurar.

Ora, se tudo está perdido, não há luz, e se há luz, nem tudo está perdido.

Registrada minha indignação.

No mais, estou indo embora.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Persépolis

Persépolis é o nome de um dos filmes indicados ao Oscar de melhor animação de 2008, ao qual acabo de assistir. O filme é baseado nos quadrinhos de Marjane Satrapi, protagonista da história, sobrivivente da guerra no Irá durante a Revolução Islâmica. O filme é maravilhoso por ser cru, mostrar a história de uma mulher, não de uma heroína, muito menos de uma anti-heroína. Não sem poesia, entretanto. Portanto, quem quiser uma dose de coragem para viver, assista o filme.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Banheiros masculinos

Muitos homens têm grande curiosidade em saber o que se passa nos banheiros femininos. Há um grande mistério em volta disso. Como eu adoro mistérios, não tenho tanto essa curiosidade. Acho que os homens podiam prestar mais atenção nos seus próprios banheiros. Sempre procuro dar uma lida nas frases escritas, pra me divertir. Já vi coisas absurdas, do tipo "xupa meu cú" (assim mesmo, com x e acento), "adoro chupar e dar o cu, me liga xxxxxx", "adoro chupar policiais", ou "fulana da a buceta facil tel xxxxx". Tem alguns "politizados" (essas aspas não indicam citação) "os comunistas são todos uns viados", "vocês são uns comunistas de merda" etc., etc., blablabla...
Mas esses tempos, numa viagem, li, pela primeira vez e para meu espanto, uma frase que me fez pensar
"O mundo seria um lugar melhor se os homens admitissem que choram, e as mulheres que se masturbam"
Não parecia frase de banheiro masculino. Mas estava lá.
Sim, homens choram, porque são seres humanos, mas escondem isso, talvez pra evitarem parecerem femininos, frágeis, passivos, sei lá. E isso causa problemas!
E as mulheres, se masturbam? Acredito que sim, pois são seres humanos. Mas também escondem, talvez para não parecerem masculinas, para não parecerem putas, vagabundas etc. blablabla.

Ah, foda-se tudo isso!
Sejamos felizes!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Para me aliviar do filme de ontem, assisti mais dois hoje.

O primeiro foi Mamma Mia, dirigido por Phyllida Lloyd. Preciso dizer que Meryl Streep é simplesmente maravilhosa, ela sempre é a personagem, louca, apaixonada, resignada, fechada, malvada, mandona... Amo ela!
O filme é engraçadíssimo, inteligente e divertido! Excelente para desetressar e recuperar a fé na humanidade. Detalhe mais gostosamente surpreendente: o personagem de Colin Firth descobre que é gay!!!!
O outro filme foi Desejo proibido, de Martha Coolidge. São 3 histórias, em diferentes épocas, de casas formados por duas mulheres. O primeiro é bem sofrido, mostra a dificuldade dos casas homo em construir uma vida juntos, pois uma delas morre, velhinha, e o herdeiro não permite que a outra fique morando na casa.
A segunda história mostra o preconceito que algumas lésbicas feministas têm contra lésbicas que se sentem à vontade vestidas de homem. É tão difícil respeitar as diferenças e aceitar o outro como ele é?
A terceira história conta o processo de um casal tentando engravidar, por inseminação artificial. Gostei muito das reflexões de Ellen, personagem de Ellen DeGeneris.

Para finalizar esse post, quero transcrever um poema de Mariana Ianelli, retirado do livro Passagens

Negro faisão, e tão negro
Que, ao sol, a plumagem azulava.
Excelência da natureza...
Dos pássaros, o mais nobre.
Entre as revelações de Deus,
A pura simplicidade.
Velho faisão, sem tormento,
Teu apogeu se desfez
Na manhã fulminante de um sábado.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Um crime americano

Acabo de assistir ao filme Um crime americano, de Toomy O'Haver.
Sempre me considei uma pessoa fria, mas nunca imaginei que existisse tamanha frieza como a da mulher do filme. Sempre achei bobagem essas histórias de não dizer o nome e coisa e tal, mas agora não ouso escrever aquele nome. Melhor, não ouso chamar aquilo de mulher. Mulheres são seres fantásticos. Aquilo é menos que um monstro. Não há palavras para descrever a crueldade, a falta de capacidade para viver, a frieza, a desumanidade de seus atos. Quem achar que suporta ver o filme que o faça. Eu não aconselharia a algumas pessoas que eu amo, pois o filme me deixou com um vazio interno e um medo tão profundo do que dizem ser humanidade. Não sei se é pior ou melhor saber que o filme é baseado em um caso real, pois eu realmente teria problemas (já tenho) em manter minha fé na humanidade se alguém tivesse sido capaz de criar uma história como aquela.
Me alivia pensar que posso contar com pessoas que amo, elas sabem quem são, não preciso dizer pra todo mundo... Agradeço por existirem, agradeço pela segurança que me dão.
Voltando pro filme, pelo menos a menina morreu, pois se tivesse ficado viva, não consigo imaginar como ela poderia suportar a existência.