Qual não foi minha surpresa quando minha tia descobre um caderno onde meu avô escrevia.
Aumentou minha admiração por ele, aumentou meu carinho, aumentou minha identificação, se isso é possível...
Transcrevo aqui um poema do velho caderno de meu avô:
O avô
Por Olmiro Vidal da Costa
Este, que, desde sua mocidade,
Penou, suou, sofreu, cavando a terra,
Foi robusto e valente, e, em outra idade,
Servindo a Pátria, conheceu a guerra.
Combateu, viu a morte, e foi ferido;
E, abandonando a carabina e a espada,
Veio, depois de seu dever cumprido,
Tratar das terras, e empunhar a enxada.
Hoja, a custo somente move os passos...
Tem os cabelos brancos: não tem dentes...
Porém, remoça, quando tem nos braços,
Os dois netos queridos e inocentes.
Conta-lhes os seus anos de alegria,
Os dias de perigo e de glórias,
As bandeiras voando, a artilharia
Retumbando, e as batalhas, e as vitórias...
E fica alegre quando vê que os netos,
Ouvindo-o, e vendo-o, e lhe invejam a sorte,
Batem palmas, estáticos, e inquietos.
Amando a Pátria sem temer a morte!
Ao transcrever, emociono-me!
Para finalizar, dois versos meus
"E a saudade permanece,
Etérea, eterna"
Um comentário:
Diogo querido!
Estou emocionada, encantada...
Realmente, o que sabemos da vida e das pessoas a nossa volta? Precisou o vovô morrer para se fazer conhecer o poeta que nele havia... Incrível isso!
Que tu, meu amigo querido, seja o poeta, o artista, o ser maravilhoso que tu és, desenvolvendo todo teu potencial e a tua sensibilidade! Sejas feliz! Torço imensamente por ti! Grande beijo,
Com carinho,
Gelcí
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