terça-feira, 21 de setembro de 2010

Descoberta!

Qual não foi minha surpresa quando minha tia descobre um caderno onde meu avô escrevia.
Aumentou minha admiração por ele, aumentou meu carinho, aumentou minha identificação, se isso é possível...

Transcrevo aqui um poema do velho caderno de meu avô:

O avô

Por Olmiro Vidal da Costa

Este, que, desde sua mocidade,
Penou, suou, sofreu, cavando a terra,
Foi robusto e valente, e, em outra idade,
Servindo a Pátria, conheceu a guerra.

Combateu, viu a morte, e foi ferido;
E, abandonando a carabina e a espada,
Veio, depois de seu dever cumprido,
Tratar das terras, e empunhar a enxada.

Hoja, a custo somente move os passos...
Tem os cabelos brancos: não tem dentes...
Porém, remoça, quando tem nos braços,
Os dois netos queridos e inocentes.

Conta-lhes os seus anos de alegria,
Os dias de perigo e de glórias,
As bandeiras voando, a artilharia
Retumbando, e as batalhas, e as vitórias...

E fica alegre quando vê que os netos,
Ouvindo-o, e vendo-o, e lhe invejam a sorte,
Batem palmas, estáticos, e inquietos.
Amando a Pátria sem temer a morte!



Ao transcrever, emociono-me!
Para finalizar, dois versos meus


"E a saudade permanece,
Etérea, eterna"

Um comentário:

Anônimo disse...

Diogo querido!

Estou emocionada, encantada...
Realmente, o que sabemos da vida e das pessoas a nossa volta? Precisou o vovô morrer para se fazer conhecer o poeta que nele havia... Incrível isso!
Que tu, meu amigo querido, seja o poeta, o artista, o ser maravilhoso que tu és, desenvolvendo todo teu potencial e a tua sensibilidade! Sejas feliz! Torço imensamente por ti! Grande beijo,
Com carinho,
Gelcí